***_katya_***

Thursday, November 16, 2006

Terceira idade

O envelhecimento
O envelhecimento pode ser entendido como a consequência da passagem do tempo ou como o processo cronológico pelo qual um indivíduo se torna mais velho. No caso dos seres vivos relaciona-se com a diminuição da reserva funcional, com a diminuição da resistência às agressões e com o aumento do risco de morte.

O envelhecimento embora marcado por mutações biológicas visíveis, é também cercado por determinantes sociais que tornam as concepções sobre velhice variáveis de indivíduo para indivíduo, de cultura para cultura, de época para época. Assim, é impossível dar significado à palavra "velho" fora de um contexto cultural e histórico, que passou a ser politicamente incorrecto, para designar os indivíduos que envelhecem.

Sobreviver na terceira idade é cada vez mais complicado e o futuro promete ser ainda mais difícil. É que ambos os partidos com maior probabilidade de formar governo defendem o aumento da idade de reforma.É caso para dizer que já nem na velhice se pode estar descansado.


Mais vida para os nossos dias ou mais dias para a nossa vida?


O desejo de controlar o envelhecimento é um anseio legítimo e sem dúvida faz parte da busca pela felicidade. A decadência de nosso corpo pode trazer-nos a infelicidade, sendo que a consciência do seu fim pode gerar a depressão. A rejeição à terceira idade é um mecanismo de defesa natural do homem.
A aceitação da terceira idade como uma realidade e a compreensão de que se pode ser plenamente feliz em qualquer idade é o caminho correcto para se evitar a infelicidade.
O envelhecimento é uma preocupação constante do homem em todos os tempos. Na nossa sociedade o homem rejeita o envelhecimento, não se conformando com a sua evidência.
A terceira idade desperta sentimentos negativos, como a piedade, o medo, e o constrangimento.
A imortalidade e a eterna juventude são sonhos míticos do homem. A eterna juventude está sempre relacionada com a felicidade plena.
A procura da fonte da juventude é assunto nos mais antigos escritos. A mitologia está repleta de seres imortais e a Bíblia cita com frequência seres de grande longevidade.
O livro da génese fala que após o Dilúvio as pessoas passaram a viver mais. Vários poetas gregos escreveram sobre a longevidade.
Hesíodo (poeta grego que viveu no oitavo século A.C.) descreveu uma raça dourada, constituída por um povo que vivia centenas de anos sem envelhecer e que morriam dormindo quando chegasse o seu dia.
Os gregos acreditavam que existia um povo que vivia em terras longínquas ao norte e que vivia milhares de anos.
Aristóteles (filósofo grego) e Galeno (médico grego, 129-199 A.C) acreditavam que cada pessoa nascia com uma certa quantidade de calor interno que se iria dissipando com o passar dos anos considerando então a terceira idade o período final desta dissipação de calor.
Aristóteles (384-322 AC, o mais influente filósofo do pensamento do mundo ocidental) sugeria o desenvolvimento de métodos que evitem a perda de calor o que prolongaria a vida, dando um certo cunho científico ao problema.
A maioria dos povos sempre apelou para a fantasia quando procuravam a fonte da juventude. Alguns pensaram encontrar a juventude em longínquas ilhas, outros em rios caudalosos, alguns em extractos especiais de testículos de cães e outros em ser a longevidade dependente de uma vida recta e disciplinada.
Na China o taoísmo preconiza o encontro do "verdadeiro caminho" que seria viver tanto até se tornar imortal. Para isto aprende-se a conservar-se as energias vitais, como por exemplo mantendo-se o controlo da respiração, alimentando-se de frutas e raízes, evitando-se a carne e o álcool, e procurando a mudança do comportamento sexual, preconizando-se trocar a ejaculação pela meditação.



Cientistas famosos como Descartes, Bacon e Benjamim Franklin acreditavam que a terceira idade seria "vencida" pelo desenvolvimento científico.

O primeiro trabalho científico sobre a terceira idade foi escrito por um médico francês no século 19 (Jean Marie Charcot, em 1867) com o nome de "Estudo Clínico sobre a Senilidade e Doenças Crónicas ".

Este autor não se preocupou com a imortalidade e sim procurou destacar a importância de se estudar o processo de envelhecimento, as suas causas e as suas consequências sobre o organismo.


Ilya Ilyich Metchnikov, cientista russo, (1845-1916) prémio Nobel de Medicina de 1908, acreditava que o processo de envelhecimento era resultado de venenos produzidos no intestino grosso pela deterioração dos alimentos. Preconizava a ingestão regular de leite ou iogurte e o hábito de se usar laxantes com frequência, hábitos que deveriam esterilizar o intestino.
Inúmeras são as substâncias que se tornariam famosas por pretenderem ter o poder de diminuir o processo de envelhecimento. O "Gerovital" (à base de novocaína e ingredientes secretos) é conhecido mundialmente graças ao trabalho desenvolvido pela médica romena Ana Aslan


Técnicas de resfriamento do corpo também foram desenvolvidas com o objectivo de se atrasar o processo de envelhecimento ou ainda manter o corpo congelado até o dia da descoberta da "cura" para a terceira idade.


Actualmente não existe nenhuma tecnologia que consiga prolongar artificialmente a vida humana, mas é possível que venha a existir num futuro próximo.
Uma vida mais longa traria enormes implicações a nível económico, político e social. Será que as nossas sociedades deviam lutar por uma vida mais longa? O que é melhor: "mais vida para os nossos dias" ou "mais dias para a nossa vida"?
Como é que uma vida mais longa afectaria a qualidade de vida das pessoas? Seríamos dependentes dos outros, teríamos anos de infindos problemas de saúde ou passaríamos décadas a tomar conta de um parente mais idoso. Têm sido abordadas e discutidas muitas questões éticas, políticas e económicas sobre o assunto do prolongamento da vida humana:
Será que a longevidade estaria ao alcance de todos, em todo o mundo, de igual modo? Se fosse esse o caso, como é que se poderia obter? Será que se deveria alcançar?
Pode a sociedade sustentar uma crescente população envelhecida? Até quando deveríamos trabalhar se pudéssemos viver muito mais tempo?
Por outro lado, as nossas sociedades já se adaptaram a um rápido aumento da esperança de vida no século XX – porquê é que não seríamos capazes de nos adaptarmos no futuro também?
O que é que acontece quando as gerações "trocam de papéis"? Caso existissem meios artificiais de retardar o envelhecimento e, por exemplo, os mais novos prescindissem deles, seria isso considerado suicídio?
Será que é o facto de vivermos apenas uma vez e de estarmos perante um prazo, que nos faz querer alcançar algo maior e mais significativo na vida?
Será que continuaremos a respeitar os idosos quando o seu número subir vertiginosamente?
Como é que os países em vias de desenvolvimento poderiam encarar o aumento de idosos?
São estas as muitas perguntas que por agora permanecem sem resposta.



O que é legal?


A previsão da longevidade dos seres humanos tem importantes implicações sociais e políticas, desde a taxa a que a população activa paga impostos, às vantagens dos actuais beneficiários e à situação financeira das gerações futuras.
Na União Europeia, a esperança média de vida é de 78,6 anos (74,7 anos para os homens e 82,5 anos para as mulheres).
A esperança de vida saudável é, no entanto, de apenas 70,4 anos (68,2 anos para os homens e 72,6 anos para as mulheres).
Portugal
Que percentagem da população tem mais de 65 anos e quais são as previsões para este grupo etário no futuro?
Qual é a esperança de vida e a esperança de vida saudável neste momento?
No ano 2000, 1.533.800 pessoas em Portugal tinham mais de 64 anos (ou seja 15,3 % da população total).
Hoje, a esperança média de vida à nascença para um português é de 76,9 anos (73,47 anos para os homens e 80,30 anos para as mulheres).
Actualmente, a esperança de vida saudável à nascença para um português é de 65,8 anos (62,2 anos para os homens e 69,4 anos para as mulheres).

Qual é a idade de reforma legal e qual é a idade média real de reforma (devido a reformas antecipadas, etc.)?
Em Portugal, a idade legal da reforma é 65 anos. Contudo, é possível solicitar a reforma antecipada a partir dos 55 anos, desde que a pessoa tenha trabalhado durante 30 anos completos (neste caso, haverá uma redução no montante da pensão).
Em Portugal, a idade média efectiva de reforma é 65 anos para os homens e 62 para as mulheres.
10,7 % da população total portuguesa com mais de 64 anos mantém-se activa.
Como é que a lei assegura o rendimento básico dos idosos?
Em Portugal, a Constituição estipula explicitamente que todos os portugueses têm direito à segurança social e a responsabilidade pela protecção dos idosos cabe ao Estado. Todas as entidades patronais, incluindo o próprio Estado, contribuem mensalmente para um fundo que reverterá mais tarde para o empregado sob a forma de uma pensão.
Para além deste sistema, os indivíduos são livres de complementar estas pensões através do sector privado (bancos e seguradoras). A procura destes complementos (genericamente designados PPR's) é cada vez maior.
Os filhos são obrigados a prover o sustento dos pais?
Por lei, não.
É legal recusar tratamento médico?
Sim. Contudo, se houver perigo de vida, a recusa de tratamento imediato só pode ser efectuada pelo indivíduo (ou pela família, se o indivíduo estiver incapaz de expressar a sua vontade). Neste caso, o médico também tem o direito de recusar prosseguir os cuidados dispensados ao indivíduo.
Portugal não dispõe de legislação específica sobre os Testamentos dos Doentes. No entanto, não há nada que impeça alguém de efectuar um Testamento em Vida declarando, por exemplo, que deseja que o deixem morrer se se encontrar num estado vegetativo crónico.
O suicídio assistido, ou eutanásia, é legal?
Em Portugal o debate sobre a eutanásia não é particularmente aceso. Faz-se uma distinção entre eutanásia activa e passiva (também designada suicídio assistido). Ambos são ilegais em Portugal e, se confirmados, são punidos com pena de prisão (até 3 anos).



União Europeia
Que percentagem da população tem mais de 65 anos e quais são as previsões para este grupo etário no futuro? Qual é a esperança de vida e a esperança de vida saudável neste momento?
Na UE, a esperança média de vida à nascença é de 78,6 anos (74,7 para os homens e 82,5 para as mulheres).
As coisas complicam-se para a esperança média de vida saudável para a UE. Com o aumento da esperança de vida à nascença e em idades mais avançadas, a qualidade dessa vida mais longa torna-se um problema importante. O conceito de esperança de vida saudável (também denominado esperança de vida activa ou esperança de vida sem incapacitação) refere-se ao número médio de anos que as pessoas poderão esperar estar livres de limitações funcionais devido a uma ou mais doenças crónicas. É difícil comparar com precisão medidas de esperança de vida saudável entre nações devido às diferenças conceptuais e de cálculo
1 em cada 3 europeus tem mais de 50 anos e 1 em cada 5 tem mais de 60. No início do século XX, a esperança de vida na Europa era de 47 anos. Este valor atingiu os 65 anos no início do século XXI.
Em 2050, estima-se que a população europeia tenha uma esperança de vida à nascença de 77 anos, em média.
Qual é a idade de reforma legal e qual é a idade média real de reforma (devido a reformas antecipadas, etc.)?
Embora os sistemas variem de país para país, a maior parte dos países europeus têm como idade legal de reforma os 65 anos. A idade média real de reforma na Europa é de 60 anos para as mulheres e 59,5 para os homens.Nota: Dados UE-15.
Como é que a lei assegura o rendimento básico dos idosos?
Na Europa, os sistemas de segurança social diferem de país para país. Contudo, a União Europeia elaborou recentemente um grande número de relatórios e estudos no sentido de promover uma política mais integrada e comum.
Os filhos são obrigados a prover o sustento dos pais?
A Comissão e o Parlamento Europeus não elaboraram qualquer legislação ou recomendação sobre este assunto.
É legal recusar tratamento médico?
A Comissão e o Parlamento Europeus não elaboraram qualquer legislação ou recomendação sobre este assunto.
O suicídio assistido, ou eutanásia, é legal?
A Comissão e o Parlamento Europeus não elaboraram qualquer legislação ou recomendação sobre este assunto.







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